Activistas moçambicanos consideram a extradição do ex-ministro para casa um "revés" no caso das dívidas ocultas.
A delegação do (FMO) encontrava-se até ontem, quinta-feira (23.05.) em Londres, onde participou numa série de encontros com membros do Parlamento inglês e com autoridades locais para falarem sobe o caso das dívidas ocultas. Paula Monjane fez parte deste grupo e considera desde já que a decisão de extradição de Manuel Chang para Moçambique como um "revés" neste caso.
"Agora estamos em Londres para pressionar as instituições fiscalizadoras financeiras para que façam investigações mais amplas não só numa perspetiva regulamentar, mas também para que este caso seja resolvido de uma forma mais ampla. A nossa expetativa é que o Governo britânico seja mais vocal em relação ao assunto” disse Monjane, citada pela DW.
"Nós achámos que a extradição de Manuel Chang para os EUA iria trazer mais informação para o caso e iria desvendar obviamente uma boa parte daquilo que é a complexa teia de assuntos, que ainda não estão clarificados neste caso. Obviamente que isso para nós é um revés. Estamos preocupados porque este ano é um ano eleitoral, portanto algumas coisas poderão acontecer até lá”, comentou Monjane citado pela DW
Segundo a DW, Paula Monjane afirma que é importante existir uma investigação de fundo e que os moçambicanos não devem pagar a dívida, de 2,2 mil milhões de dólares, criada pelos bancos Credite Suisse e VTB.
"A acusação dos EUA e de Moçambique considera que esta fraude gerada intencionalmente, sugere também falhas no sistema do banco Credite Suisse em particular. Nós estamos interessados que a investigação não seja só em relação aos indivíduos, mas em relação aos bancos envolvidos”, reforça Monjane citada pela DW.