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Dois dias antes de ser oficialmente exonerada do cargo de embaixadora, no dia 25 de Março Helena Taipo enviou um ofício ao Presidente da Republica.
Como pode ver, no documento a baixo, Taipo roga a Nyusi que faça "o melhor da sua sabedoria para garantir o funcionamento correcto dos órgãos de administração da justiça no processo 95/GCCC/17-IP que corre nos trâmites contra Maria Helena Taipo.
Segundo Taipo estão em curso a violações dos direitos, liberdades e garantias individuais consagrados na Constituição da República. Essas violações estão sendo protagonizadas pelas instituições de administração da justiça, sobretudo o GCCC e o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM).
Para a ex-ministra, o desrespeito aos seus direitos colocava em causa o Estado de Direito Democrático.
Na missiva dirigida a Filipe Nyusi, Taipo referia que todos actos que praticou no INSS e que hoje configuram como crimes estavam em conformidade com a política de investimentos dos fundos do INSS, aprovado pelo governo; tinha cabimento orçamental para o INSS efectuar despesas e que havia no propósito conformidade com o princípio de legalidade para além de que todos os projectos arrolados no processo número 94/GCCC/17 – IP tiveram uma fiscalização preventiva do Tribunal Administrativo.
Taipo disse ainda que o dinheiro também foi canalizado ao partido Frelimo para apoiar a campanha eleitoral das eleições de 2014, que levaram Filipe Nyusi ao poder.