Chama-se Délio Miguel Pereira Portugal, o jovem juiz que se destacou na Secção de Instrução Criminal do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo e que passa agora para a Secção Laboral do Tribunal Judicial da Província de Maputo.
Dos casos que chegaram às suas mãos, destaque vai para o das “dívidas ocultas” e do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS). No primeiro caso, Délio Portugal tinha em mãos a legalização da prisão dos 10 arguidos detidos no âmbito do processo que investiga o maior escândalo financeiro de que há memória no país.
Já na semana passada, Délio Portugal esteve num frente-a-frente com Helena Taipo, a antiga ministra do Trabalho indiciada de receber cerca de 100 milhões de meticais desviados do INSS. Mais um caso de grande corrupção. Depois do interrogatório, o juiz decidiu manter a prisão preventiva de Helena Taipo, a antiga governante que também foi, por poucos meses, embaixadora de Moçambique em Angola.
Ou seja, de juiz de instrução criminal na capital, Délio Portugal passa agora a se ocupar de conflitos laborais.
Ao todo, foram quatro juízes movimentados na última semana pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial: Luís de Deus Malauene, o juiz desembargador que deixa a 1ª secção de recurso do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo para ser juiz presidente do Tribunal Judicial da Província de Inhambane; Erzelina Manjate, a juíza que sai da 1º secção do Tribunal Judicial da Província de Cabo Delgado para ser juíza presidente do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo; e José Sebastião Domingos promovido para juiz presidente do Tribunal Judicial da Província de Cabo Delgado.