HISTORIA: A presença portuguesa e o estado dos Mwenemutapa (1505-1693)


Objectivo
Este trabalho tem como objectivo fazer perceber e entender ao estudante como foi o processo de colonização aplicada para com o nosso pais, as formas de administração aplicadas, o que levou os portugueses a se instalarem nas nossas terras e desta forma inicializando com as colónias, o processo de construção das feitorias, as lutas tidas entre os povos Árabes com os Portugueses, e as deliberações tomadas nas conversações.

Introdução


Inicialmente, os Portugueses fixaram-se no litoral onde construíram as fortalezas de Socapa (1505), Ilha de Moçambique (1507). Só mais tarde através de processos de conquistas militares apoiadas pelas actividades missionárias e de comerciantes, penetraram para o interior onde estabelecerem algumas feitorias como a de Sena (1530), Quelimane (1544). Dai começaram os conflitos com os árabes “Guerra” isso no estado do Mwenemutapa.
Quando os portugueses chegaram não só passaram a servir de intermediários comerciais, corno ocuparam e dominaram alguns pontos de produção. Foi o caso de Moçambique. No início, os portugueses pareciam só queriam comprar ouro e marfim, mas depois percebeu-se que a sua vontade era alcançar as minas e dominar o território.

A presença portuguesa e o estado dos Mwenemutapa (1505-1693)
Quando os portugueses chegaram a Moçambique, em 1948, ficaram desde logo fascinados pela riqueza em ouro de um reino que havia no interior do território, o império mwenemutapa. Contudo, só em 1505 em que os portugueses se instalaram no nosso território.
A presença dos portugueses no estado do mwenemutapa foi marcada por lutas constantes com os árabes que já cá estavam instalados e, também, o período de acordo e desacordo com os monarcas mwenemutapas.
A entrada dos Portugueses no Indico foi desastrosa para os Árabes. Os principais intermediários comerciais dos grandes impérios do Índico eram os Árabes. Quando os portugueses chegaram não só passaram a servir de intermediários comerciais, corno ocuparam e dominaram alguns pontos de produção. Foi o caso de Moçambique. No início, os portugueses pareciam só queriam comprar ouro e marfim, mas depois percebeu-se que a sua vontade era alcançar as minas e dominar o território.

No inicio, os portugueses pareciam só querer comprar ouro e marfim, mas depois perceberam-se que a sua vontade era alcançar as minas e dominar o território.

As lutas entre portugueses e árabes, em território moçambicano, eram de teor económico, mas também religioso e político. Os portugueses chegaram a Moçambique com o intuito de dominar os povos, as suas produções e a sua religião.
A presença portuguesa data de 1498, quando Vasco de Gama chegou a Inhambane e mais tarde a Ilha de Moçambique. Mas só em 1505 é fundada a primeira feitoria portuguesa por Pêro de Nhaia e mais tarde a feitoria da Ilha de Moçambique, em 1507.
Com o estabelecimento da feitoria de Sofala, os portugueses esperavam controlar todas as vias de escoamento de ouro que vinha do interior a costa e em menor escala de marfim, onde Sofala era o seu local final.
Entretanto, ate 1530, Os comerciantes portugueses sofreram a oposição e a concorrência feita pelos mercadores suaíli. Estes, percebendo que os portugueses eram uma ameaça ao seu comércio, transformaram Angoche no centro de escoamento de ouro, uma estratégia para fugir da presença portuguesa na rota de ouro que ia dar a Sofala.

Contudo, os portugueses responderam e nesse mesmo ano fundam as feitorias do interior em Tete e Sena. Em 1544, fundaram a feitoria de Quelimane. Esta acção visava não só controlar as vias de escoamento do ouro, mas também ter acesso as zonas produtoras.

Mas não foram só os mercados Suaíli-árabes que dificultaram o comércio português. Os portugueses arranjaram inimigos também entre os outros intermediários do comércio do ouro. Como o desejo dos portugueses era a chegar as minas de Mwenemutapa, ao local onde se extraía o ouro, precisavam eliminar todos os intermediários. Mas estes, sentindo-se ameaçados, bloqueavam a passagem de mercadorias da costa (tecidos e missangas) para o interior. Foi o caso de certas dinastias Karango-Shona. Por exemplo, o soberano Inhamunda, do estado de Quiteve, em aliança com Changamire Dombo do estado de Butua, criou sempre dificuldades no contacto entre os portugueses e o Mwenemutapa.

A primeira comunidade portuguesa permanente surgiu a partir de 1541, próximo da capital do Mwenemutapa. Na fase inicial a coexistência era pacífica. O período de boas relações durou ate o assassinato do padre Gonçalo de Silveira, em 1561, dando inicio ao primeiro conflito entre Portugal e o Mwenemutapa.
Seguiram-se anos de conflitualidade que se traduziram em confrontos armados com o envio de expedições militares portuguesas:
·         A primeira em 1571, que velo a fracassar, composta por Francisco Barreto, Vasco Fernandes Homem e Lourenço Carvalho;
·         A segunda tentou atingir a capital do império através de Sofala, Manica e Tete, mas também não logrou.

De modo a não comprometerem a sua busca do ouro e a criarem formas de dependência ao Mwenemutapa, os portugueses estabeleceram feiras comerciais no planalto no interior das terras do Mwenemutapa, aproximadamente por volta de 1580: Masapa, Bukutu, Ruhanje, Manzovo, Dambarare, Chipiriviri. A feira mais importante foi Masapa, comandada pelo capitão das Portas, o mais importante intermediário nas relações comerciais entre os portugueses e o Mwenemutapa.
A dependência do Mwenemutapa aos portugueses cresceu na forma de novos tratados tais como o Tratado de 1607 e de 1629. No geral, estes documentos garantiam aos portugueses a livre circulação de homens e bens isentas de pagamento de qualquer tributo. 0 Mwenemutapa teve também de ceder terras ricas em melos de ouro ou em ouro fluvial. Esta acção traduziu-se na quase total alienação da produção aurífera.

A luta pela hegemonia comercial só terminaria aparentemente em 1629, altura em que é rubricado o Tratado de 1629.
Em 1629, Mavura pediu apoio militar aos portugueses para lutar contra o seu sobrinho Kapararidze. Mavura aliou-se aos portugueses depois de derrotar Kapararidze. Os portugueses com este acordo obtiveram:
·         A vassalagem do rei;
·         A alienação das minas de a prata em seu favor;
·         A livre circulação, sem pagar tributos, dos mercadores portugueses nas terras do Mutapa;
·         A garantia da expulsão dos mercadores árabes-suaílis do território Mutapa;
·         A autorização par dominicanos pregar a sua religião;
·         A superação do imposto da curv os portugueses eram obrigados a pagar aos chefes Mutapas.

De salientar que o estabelecimento deste acordo teve repercussões graves. O comércio com os Árabes terminou. Aumentou muito o número de comerciantes e de aventureiros portugueses nas terras do império do Mutapa. A exploração dos recursos naturais do território aumentou bastante. Isso foi visível na extracção mineira, mas também na procura de marfim. A penetração mercantil portuguesa fez com que se operassem mudanças na estrutura social. As populações campesinas que dantes se dedicavam ao trabalho agrícola agora eram desviadas para o trabalho mineiro. Isto fez com que os campos ficassem por cultivar, tivessem de importar mais víveres e cereais e também que morressem mais pessoas no trabalho mineiro.
Este acordo veio, por fim, abrir a porta a formação de novas unidades políticas, fundadas por mercadores portugueses estabelecidos como proprietários de terras, os prazos.


 Conclusão
Feito o trabalho conclui-se que os portugueses não vieram a Moçambique com objectivo de colonizar estas terras mas sim se instalaram nelas fazendo trocas comerciais, quando estes cá chegaram encontraram os árabes dai a chegada destes foi muito desastrosa “Supracitado” desta feita por sua vez os árabes sendo lhes roubado uma dos maiores fontes de renda de ouro/minerais causou conflitos (Guerra entre outros), por sua vez com a esperteza dos português estes dominaram os territórios moçambicanos, fascinados pelo ouro que ele continha. Estes assinaram acordos com o Impererio Mwenemutapa para se ter uma livre circulação no território e sem restrições.



















Bibliografia
NHAPULO, Telesfero de Jesus, Historia 12a Classe, Plural Editores, Maputo 2013
Ligações da Web: www.estudamoz.blogspot.com


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